Monday, May 17, 2010

Breves entrevistas com homens hediondos


No mês de abril experimentei meu primeiro David Foster Wallace. Comecei achando engraçado e inteligente. Passei por contos extremamente sensíveis. Passei por outros bizarros, que me deixavam com uma sensação estranha depois. O estranhamento vinha da percepção de que é possível mostrar o que é bonito através apenas do que se convencionou feio. E no fim, já nos últimos contos, eu estava passada. Tomada por uma compaixão absurda, por um sentimento difícil de explicar, talvez gratidão por tudo. O mundo é uma grande merda e a gente tem que agradecer por isso. Tá na merda a chance de você descobrir sua grandeza, que é tão grande e pequena quanto a dos outros.