Tuesday, November 4, 2008

13 reais jogados no lixo.



Lançado. Primeira edição do Livro das Lamúrias.
Todos os primeiros 13 já foram vendidos. Quem quiser encomendar um, é só mandar email para lulina.abduzida@gmail.com

Custa apenas 13 reais. :: )




Mais algumas lamúrias que joguei no lixo:



Das lamúrias conclusivas

Cafajeste, se fosse correto, se escreveria cafageste.




Das lamúrias duvidosas

Não tenho certeza sobre nada. Eu acho.



Das lamúrias socialistas

Va-mos di-vi-dir as sí-la-bas.



Das lamúrias hipocondríacas

Lave as mãos depois de ler. Isso estava no lixo.

Friday, October 24, 2008

A crítica disse que era um lixo.



Lá vai o primeiro projeto literário colocado na roda, só pra eu perder a virgindade mesmo. Como o livro é em formato de lixeira, estou um pouquinho mais protegida das críticas. Se disserem que é um lixo, que é uma bosta, que só tem merda, tudo isso, na verdade, acaba sendo elogio, néam?

O Livro das Lamúrias é uma coleção de frases que escrevi no meio do trabalho, nas horas vagas. Uma espécie de desabafo-diversão-treinamento, onde me acostumei a tentar converter raivas, amarguras e decepções em bobagens, ironias e pontos de vista menos pessimistas (ou não). Como são lamúrias e, no fundo no fundo, só fazem xingar o mundo inteiro, a raiva se manifestou também no seu formato: páginas amassadas e jogadas com toda a brabeza no lixo. O livro é, em seu formato, uma grande lamúria, como se ele próprio, diante das dificuldades, desistisse de ser livro.

São 13 bolinhas de papel, cada uma delas com uma média de 4 bobagens como essas:


Das lamúrias médicas II

Depois de avaliar mentalmente as minhas paredes estomacais, cheguei à conclusão de que é a minha gastrite que sofre de mim.
Das lamúrias distraídas



Das lamúrias distraídas

Eu sempre começo falando de um assunto e, quando vejo, amarelo não é a minha cor preferida.


Das lamúrias do tempo

No começo dessa frase você era bem mais jovem.


Das lamúrias espíritas

Na outra encarnação eu fui um best seller.




O "lançamento" vai ser dia 26 de outubro (domingão), na Festa Folk dos meninos (os primeiros a verem essas bobagens e a incentivarem o livrinho com xingamentos motivacionais). Farei 13 livro-lixos à mão , vendidos a 13 reais cada. Ah, a foto do lixinho é meramente ilustrativa: a lixeira do projeto será bem mais peba, comprada obviamente na 25 de março, que é para fazer jus às lamúrias da vida dura.

Tuesday, October 7, 2008

Mais uma faxininha no blog. Vamos organizar essa porra (e agora vai).

Agora, este espaço de lamúrias será apenas para letras e outros enxerimentos.
Sim, os benditos projetos literários, que serão inaugurados com um pequeno lançamento no dia 26 de outubro.

As musgas agora atendem aqui: lulilandia.wordpress.com
Nos próximos 13 dias, disponibilizaremos todas as caseirices (as mais recentes e as velharias) para download. O Cristalina também, mas só no mês que vem.


A equipe do site agradece a compreensão.

Wednesday, February 6, 2008

Lembranças

Wednesday, February 06, 2008

Calma.
Não sei de onde vem essa calma.
Se soubesse, talvez eu ficasse nervosa.

A calma me faz ouvir barulhinhos estranhos.
E perceber que as plantinhas precisam de água.
"Calma, muita calma", dizia o bilhete que eu ganhei enquanto dançava.
A calma é tipo o super bonder dos por quês. É só passar, colar e você tem um porque.

Por quê? Calma que eu já te respondo.

posted by . at 2:12 PM



Thursday, December 08, 2005

Tava pensando nos meus tchaus. O mais antigo de que tenho lembrança é o que eu dava da varanda quando minha mãe ia trabalhar. Eu, no alto (digo, baixo) dos meus 6 anos, consolava meu irmão que chorava todo dia quando ela saía, incentivando-o a dar tchauzinho também.
Lembro do último tchau que eu dei pra minha vó, quando saía correndo pela escada apressada porque tavam me esperando lá embaixo no carro. O tchau pra um ex-namorado, que eu dei de costas caminhando, sem nem olhar pra trás (cantarolando na cabeça um “don’t look back.. like dylan in the movies..”). Os tchaus no aeroporto, sempre os piores. O tchau hoje no ônibus, pra ele, com aquele sorriso que afirma tudo. O tchau desesperado, que tentava trazer de volta os amigos que já estavam tão longe de mim, nas primeiras vezes que eu voltava pra recife. Balançar a mão aberta pra lá e pra cá. Tchau. Gesto de desprendimento, que parece soltar no ar tudo o que já foi seu e assumir que nada fica na nossa mão.

posted by . at 10:13 AM